domingo, 29 de setembro de 2013

GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: POR QUE SE PREOCUPAR?

Nos últimos anos estamos vivendo um cenário preocupante no que se refere à saúde das adolescentes no Brasil. A estimativa é de que no mundo a cada ano mais de 14 milhões de adolescentes sejam mães. Calcula-se que no Brasil 19,31% dos nascidos vivos sejam filhos de adolescentes de 10 a 19 anos. No Rio Grande do Sul essa taxa é de 16,39% e na região da 12ª CRS em 2011 a incidência variou entre 18,1 e 21,3%.


Acompanhar ou conhecer adolescentes gestantes de 12 a 19 anos tornou-se comum nos dias atuais. Gravidez na adolescência não é novidade na vida das mulheres, todavia, o fato de que cada vez mais cedo isso vem ocorrendo é que merece um olhar diferenciado por parte das famílias e dos serviços de saúde.
A gravidez na adolescência é considerada de alto risco. Daí a importância indiscutível de esclarecimentos sobre esta condição e a realização do pré-natal na tentativa de prevenir complicações na gravidez, parto e pós-parto.  
Existem inúmeros fatores condicionantes e ou facilitadores da ocorrência de gravidez na adolescência, entre os quais se destacam: o baixo nível socioeconômico, a baixa escolaridade e a desestruturação familiar.  Do ponto de vista biológico, o fato de que as meninas apresentem a menarca (primeira menstruação) mais precocemente, devido à interferência alimentar ou climática, também aumenta a incidência de gestantes adolescentes, pois alarga o tempo de exposição ao risco.
A questão crucial neste contexto é que, junto da gravidez não planejada surgem incontáveis oscilações na vida destas jovens, seja na convivência familiar, na relação com o pai da criança e seus familiares e, sobretudo, no futuro desta menina, agora mulher.


As mudanças comportamentais experimentadas pelos adolescentes nos últimos tempos revelam exposições e fragilidades que repercutem nos aspectos biopsicossociais deste grupo. A menarca e a iniciação da atividade sexual precoces, a falta de esclarecimentos e ou orientações por parte dos jovens, juntamente com o despreparo dos serviços de saúde para lidar com a situação potencializam os riscos, tanto para a gravidez, quanto para as doenças sexualmente transmissíveis como as hepatites virais e a AIDS.


A informação sobre os riscos de gravidez, formas de contracepção e prevenção a doenças sexualmente transmissíveis precisa fazer parte do diálogo diário na família e na escola. Neste intuito, os estudantes do 8º Semestre de Enfermagem URI Santo Ângelo – Amanda Pontin Sant’ana, Janine Goldschimidt de Ávila, Luciéle Machado de Castro,  Patrícia Friske Schwiderke, Rení Maria Arenhardt Thomas e Sandro Norberto da Silva Pereira Júnior, juntamente com a Professora Neiva Claudete Brondani Machado, a convite da escola, estiveram presentes na Escola Estadual Odão Felippe Pippi na última semana em duas palestras com 4 turmas de 8ª Séries do Ensino Fundamental e 3 turmas de 1º ano do Ensino Médio sobre o tema “Gravidez na Adolescência” e, desta forma, contribuíram com “conhecimento” para a vida e saúde de mais de 210 adolescentes santo-angelenses.

Ms Neiva Claudete Brondani Machado – URI Santo Ângelo

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