terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

VIDA ÚTIL: Atenção à doença renal e suas interfaces

A doença renal cresce mundialmente e no Brasil. A enfermeira Jane Perin Lucca, especialista em Nefrologia, esclarece sobre essa doença silenciosa, cujo Dia Mundial de Combate é no dia 8 de março. Diagnóstico precoce e conhecimento sobre a doença podem facilitar o sucesso do tratamento.
Cada vez mais se faz necessário chamar atenção da população e dos governantes para o crescimento acentuado da Doença Renal Crônica, que atualmente é considerada um problema de saúde pública mundial. A doença é silenciosa e só se manifesta quando grandes partes dos néfrons já estão lesados. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia, “a prevalência de doença renal crônica é de 7.2% para indivíduos acima de 30 anos e 28% a 46% em indivíduos acima de 64 anos. Os principais fatores de risco são a hipertensão arterial, o diabetes melittus, sobrepeso, tabagismo, idade acima de 50 anos, história familiar de doença renal e o histórico pessoal de algum tipo de doença renal. Entre a população adulta brasileira, estima-se que existam 30 milhões de hipertensos (24,4%), 7 milhões de diabéticos (5,8%); 17 milhões de obesos (13,9%); 17 milhões de idosos. Estima-se que no Brasil 10 milhões de indivíduos tenham algum grau de Doença Renal Crônica.”
Os rins são órgãos vitais em nosso organismo e suas unidades funcionais são os néfrons. Em cada rim localizam-se aproximadamente um milhão e duzentos mil néfrons.

E o que fazem os rins?
*Regulam a pressão arterial;
*Filtram o sangue;
*Eliminam as toxinas;
*Controlam a quantidade de sal e água no corpo;
*Produzem hormônios importantes para evitar a anemia e doenças ósseas;
*Eliminam excessos de medicamentos e outras substâncias ingeridas.

Quais os tratamentos?
Diante destas funções, entende-se porque é tão importante cuidar da saúde destes órgãos. Há diferentes tratamentos disponíveis para as doenças renais, entre eles, a diálise peritoneal, hemodiálise e o transplante renal. Tais tratamentos são paliativos, não substituem a função renal, somente aliviam os sintomas e preservam a vida do renal crônico, porém nenhum representa a cura.
A hemodiálise é o processo de tratamento mais utilizado. Promove a retirada das substâncias tóxicas, água e sais minerais do organismo através da passagem do sangue por um filtro. A hemodiálise, em geral, é realizada três vezes por semana, em sessões com duração média de três horas e trinta minutos a quatro horas, com o auxílio de uma máquina, dentro de clínicas especializadas neste tratamento.
A cronicidade e o impacto destes agravos trazem desafios aos profissionais que atuam neste contexto. Mais do que saberes técnicos para garantir um acompanhamento sistemático é necessário desenvolver ações de promoção e prevenção aos agravos. As equipes dos profissionais de Enfermagem, que estão diretamente ligados à assistência do paciente renal, confrontam com a dura realidade que impõem esta doença nas modificações do ritmo de vida dos pacientes, de seus hábitos alimentares, impondo restrições hídricas, uso constante de medicamentos, gerando problemas socioeconômicos e psíquicos, a dependência constante do outro e de aparelhos de alta tecnologia, o tempo de tratamento, sexualidade alterada, além das inseguranças e incertezas diante da vida.
“A vivência de anos neste campo de atuação, acompanhando e acolhendo o paciente renal, permite perceber que precisamos cada vez mais estimular e implantar estratégias de esclarecimento e prevenção à Doença Renal Crônica. E, que exames simples como de urina e dosagem de creatinina no sangue podem auxiliar no diagnóstico precoce da doença. Por isso, PREVINA-SE, os rins são dois órgãos extremamente necessários ao nosso organismo”.

Texto por: Kelly Meller, enfermeira e colunista do clicRBS Noroeste Missões (kellymeller@hotmail.com) e Jane Perin Lucca, enfermeira especialista em Nefrologia (janeperimlucca@yahoo.com.br)

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

URI recebe o Projeto VER-SUS

Acadêmicos de diversas universidades do estado estarão realizando estágios e vivência em Santo Ângelo até o dia 17.

A partir desta sexta-feira, 3 até o dia 17, aproximadamente 30 acadêmicos dos cursos das áreas da saúde e afins de diversas universidades do estado, estarão participando do Projeto VER-SUS em Santo Ângelo. A recepção aos acadêmicos será no início da tarde de sexta, 1º, no quiosque da universidade.
O VER-SUS/BRASIL faz parte de uma estratégia do Ministério da Saúde e do Movimento Estudantil da área da saúde de aproximar os estudantes universitários do setor aos desafios inerentes à consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o território nacional. Representa também, um compromisso do gestor do SUS com a aprendizagem dos estudantes que se preparam para este setor.
Trata-se de uma ação que propicia aos estudantes universitários dos cursos da saúde conhecerem mais de perto o SUS. É uma oportunidade de vivenciar os desafios, as dificuldades e os avanços do sistema. Uma vivência em que os profissionais em formação problematizam a organização dos serviços de saúde nas diferentes regiões do país.
O projeto tem como objetivo valorizar e potencializar o compromisso ético-político dos participantes no processo de implantação do SUS, provocar reflexões acerca do papel do estudante como agente transformador da realidade social, contribuir para a construção do conceito ampliado de saúde, estimular a inserção dos estudantes no Movimento Estudantil e em outros Movimentos Sociais.
O projeto VER-SUS destina-se aos estudantes universitários brasileiros dos cursos da área da saúde e afins. O movimento acredita que a possibilidade ao estudante a sua inserção na realidade local por meio de estágios e vivências, será mais fácil para ele perceber as muitas contradições e as complexas relações de nossa sociedade, facilitando assim a formulação e o entendimento do seu papel como estudante, seu futuro profissional e seu potencial como agente transformador da realidade do país.
Proporciona aos estudantes 15 dias de vivência multiprofissional em um sistema de saúde municipal ou estadual. Uma interação que propicia o debate e o conhecimento sobre aspectos de gestão do sistema, as estratégias de atenção, o exercício do controle social e os processos de educação na saúde.
É um projeto piloto e está acontecendo paralelamente em várias cidades do país e a universidade é pioneira neste evento. Além dos estágios e convivências, os acadêmicos vão realizar visitas em cidades da 12ª Coordenadoria Regional da Saúde. Mais informações podem ser obtidas com coordenadora do projeto, Isabel Cristina Spies através do e-mail isabelcristinaspies18@gmail.com ou pelo telefone (55) 8140-4038.

Fonte: Buenas Publicidade